domingo, 29 de novembro de 2009

Sapori e sole em Verona e Lago di Garda!

Em maio de 2009 fui com um grupo de amigos para o norte da Itália. Mais precisamente Verona e a região do lago de Garda. Fiquei impressionada com as paisagens e a beleza da região! Muito lindo! E foi sem dúvidas onde eu melhor comi em toda minha vida!!! Tinha ficado totalmente decepcionada quando fui a Roma, Firenze e região da Toscana, não comi nenhuma pasta italiana maravilhosa e tampouco a melhor pizza do mundo. Mas claro que tudo muda quando se vai com um “local”!



A viagem foi toda organizada por um amigo italiano e um amigo do amigo (o Marco), que mora na região. Ou seja, ele conhecia não só os restaurantes como os donos dos restaurantes. Por isso fomos muuuuito bem tratados por onde passamos! Só pra dar uma idéia, teve um restaurante que o chef fez questão de improvisar um "pout-pourri" do menu de entradas e sobremesas, só para nos fazer experimentar de tudo um pouco! Delizia!

A viagem foi sensacional, proporcionou calor, sol, banho de lago e sensação de estarmos na praia e no verão nas cidadezinhas em torno do Lago di Garda, mas também frio e neve no topo do Monte Baldo! E foi muito bom porque eu não organizei, planejei e nem pesquisei nada pois sabia que alguém ja tinha feito isso por mim! Hehehe! Então foi surpresa e descoberta total!



Alugamos um carro no aeroporto de Bergamo e nossa hospedagem era na cidadezinha de Sandra. Ao todo passamos 4 dias, percorremos 600 km (o tour do Lago di Garda leva pelo menos 200Km) e visitamos 14 cidades (Verona, S. Martino Buon Albergo, Malcesine, Limone, Riva del Garda, Garda, Bardolino, Lazise, Borghetto, Valeggio sul Mincio, Peschiera del Garda, Castelnuovo, Sirmione e Desenzano).
 
No primeiro dia visitamos Verona que tem uma história que vem desde os tempos romanos, quando seu território era disputado por diversos países europeus. Além disso a cidade tem uma das mais bonitas arquiteturas romana, românica, gótica e renascentista. E fora isso tudo... o que Verona tem de mais famoso? Romeu e Julieta, é claro! A peça escrita por Shakespeare (inspirada num conto italiano de Masuccio Salernitano) se passa na cidade de Verona, e é la que fica a casa e o famoso balcão da Julieta. Hoje os apaixonados deixam bilhetinhos e recadinhos grudados com chiclé, ou escritos diretamente nas paredes da entrada da casa! É muito engraçado!
 
 
Outras atrações de Verona são o piazza Brà, via Mazzini, Piazza Erbe, via Sottoriva, Castelvecchio, Teatro Romano, etc.. Foi neste dia a noite que fomos no restaurante onde o chef nos fez provar um pouco de tudo! Como entrada: polenta, mozzarela de bufala, proschiutto, salada, salami... E como prato, risotto ao vinho e nhoqui de trufas (olhem a foto do nhoqui, não tem nada a ver com o que conheçemos!!!). E as sobremesas... Hummmmmmm!!!

  


Não preciso comentar que a média era de 3 sorvetes por dia!!! Ahhh e nossos “apéros” eram sempre regados à muito Spritz! A bebidinha tipica da região! Uma delicia!


SPRITZ:
2 oz. Prosecco
1 1/2 Aperol Orange Liqueur
1 dash(es) Soda or Seltz


Segundo dia seguimos rumo à Malcesine, pegamos um teleférico até o Monte Baldo (2.000 metros de altitude). A paisagem é linda, a neve ainda estava la e fazia frio!


De Malcesine, que é uma cidadezinha muito bonitinha, pegamos um barco para Limone, que como o nome ja diz tem limões incriveis! Como eu nunca tinha visto na minha vida! Primeiro que eles são gigantes, parecem mais melões! Gigantes, lindos e quase fluorescentes de tão coloridos!
De Limone pegamos outro barco e fomos para Riva del Garda. Esses 2 passeios de barco também foram geniais! Da pra ver a paisagem de outro ângulo, e fica tudo ainda mais lindo!

Rive del Garda é outra cidadezinha cheia de charme. Mais um apèro com Spritz! Ahhh, é muito bom que la na Itália (ou ao menos nessa região) quando você toma um aperitivo eles trazem varias comidinhas pra acompanhar! “Ça change” dos amendoins e pipocas velhas de Paris!!! Nesse dia a noite fomos ao restaurante Foci da Rita, um ambiente super acolhedor e uma comida MARAVILHOSA, só para variar! O fato é que na Itália a comida não só é boa, como é em grande quantidade! Provamos a famosa “Carne salà”, que a tradução seria uma carne salgada, uma delícia, e muuuuuitas outras coisas!






No terçeiro dia visitamos diversas outras cidadezinhas fofas nas margens do lago di Garda. Pegamos muito sol (eu nem sabia mais o que era isso!!!), tomamos banho no lago e comemos muito bem, é claro! A noite fomos para a cidadezinha do nosso amigo italiano Marco onde tava tendo um festival tipico italiano, daqueles bem de cidadezinha pequena, no meio da praça, com banda ao vivo e quiosques vendendo pasta, risotto, tortelline, barbecue, vinho e grappa! Foi pura diversão!



Último dia... Ainda faltava conhecer Sirmione e Desenzano. Uma graça, paisagem linda, e atmosfera meio medieval. Em Desenzano finalmente experimentamos o limão que tanto vimos pela região. Isso mesmo! Comemos limão puro! E pior... é uma delicia, e claro não é forte e azedo como o nosso limão verde!



E... acabou a nossa dolce vita na Italia!!!! Ai, ai...



Albergo Ristorante Al Sole (Hotel onde ficamos)
Via Gen. Zamboni 43 - 37010 Sandra' (VR) - Italia
Tel: +390457596231
Quarto para 2 pessoas com café da manhã: € 55 a diaria


Ristorante “Il Coppiere” (Restaurante do nhoqui com trufas)
37036 San Martino Buon Albergo (VR) via XX
Settembre, 48/B
Tel: 045 8820199

Restaurant Foci da Rita (Restaurante da especialidade da região a “Carne salà”.
Via Grotta Casata Località Tenno n°10
Tel 0464555725

Ciao!!!

sábado, 28 de novembro de 2009

Ich liebe Berlin!!!


Vou tentar colocar esse blog em dia !!!! Uiiiii, tarefa dificil!

Continuando na linha do tempo das minhas viagens, depois da Holanda eu fui pra Berlim. E... Berlim é nada mais nada menos que a cidade mais show de toda Europa, pelo menos do que eu conheço até então!!! Eu já cheguei em Berlim com ALTAS expectativas, pois sempre ouvi de todos os meus amigos que já visitaram que era uma cidade muuuuuuuuuuuito legal. Bom, eu posso acrescentar mais milhões de adjetivos à Berlim, de tanto que amei a cidade! Mas claro... como sempre digo e penso, tudo depende do que a pessoa gosta e se interessa nessa vida.


Berlim é historia pura! Mas o que eu mais gostei na verdade talvez eu nem consiga explicar... foi a “ambiance” (como dizem os franceses)... a atmosfera da cidade.

Ha muita coisa para se ver e visitar, entre elas:

A igreja Kaiser Wilhelm-Gedächtniskirche, destruída em 1943 durante um bombardeio na Segunda Guerra Mundial. Depois da guerra os destroços foram removidos, e foi construído uma parte nova e moderna, que hoje é também um memorial. As suas ruínas impõem um respeito inexplicável. Como se a gente pudesse ver um pouco dos horrores da guerra alí na nossa frente.



A praça Gendarmenmarkt - Pela majestade dos seus edifícios e a sua simetria, é considerado como o exemplo mais belo da arquitetura néo-classica em Berlim e também o "square" mais bonito da Europa. Os franceses construíram a catedral da direita e os alemães com inveja construíram a da esquerda!

                                       

Berliner Dom, a catedral, simplesmente o "prédio" mais maravilhoso de todos! Eu comprei um postal que é uma foto da catedral bombardeada na guerra. Impressionante!

                                        
Na verdade eu achei isso de praticamente tudo ter sido destruido durante a guerra muito impressionante. A gente sabe que foi assim, ouve, pensa e imagina, mas quando se esta em Berlim é que se tem uma verdadeira idéia de tudo isso. Em Berlim de cada 10 prédios 6 foram completamente destruidos e 3 danificados, ou seja... so restava 1 inteiro. E hoje a cidade esta la, linda e imponente, tudo reconstruido, renovado, remodelado. Realmente impressionante.
Berlim também é uma cidade democratica que propicia o acesso a informação a todos. Pelo menos eu achei. Eles não escondem o que aconteceu. Esta la exposto a céu aberto e de graça, pra todo mundo ver. Eu soube que foi bem dificil para os alemães se orgulhar da sua nacionalidade depois dos horrores do holocausto. Em ocasiões como jogos, olimpiadas e etc era bem dificil de ver alguém com a camiseta da Alemanha ou com bandeiras asteadas. Faz muito pouco tempo que eles conseguiram superar o trauma. Superaram mas não esqueceram, o que é importante!


Dentre os museus a céu aberto esta o famoso Check Point Charlie - um dos postos militar entre a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental durante a Guerra Fria. Na foto a representação de um soldado soviético que controlava a entrada para o lado oriental. Checkpoint Charlie se tornou um símbolo da Guerra Fria, representando a separação do leste e oeste, e — para alguns alemães orientais — uma estrada para a liberdade. Da até pra carimbar o passaporte com um "visto". Custa 1 Euro, é claro!



Tem também a exposição a céu aberto e gratuita - Topografia do Terror - que conta a história do Nazismo. A exposição fica no terreno onde antigamente se situava os principais prédios do regime nazista. Neste lugar está sendo construído um museu que abrigará a exposição.


O controverso "Memorial aos Judeus Mortos da Europa " - Imponente e tocante. Eu “gostei” muito do museu, mas tu sai de la mal. Não é recomendado para pessoas muito sensiveis!



"It happened, therefore it can happen again: this is the core of what we have to say. It hapen, and it can happen everywhere." Primo Levi, sobrevivente do holocausto.




A "East Side Gallery " - A maior extensão do muro reconstruída e conservada. Quase1 kilometro. Em 1990, 118 artistas de 21 países se encontraram no East Side Gallery para realizar a maior pintura a céu aberto do mundo. Eu achei impressionante ver o muro e saber de todas as historias que aconteceram naquela época... O surgimento do muro “da noite pro dia”, ele começou a ser construído em 13 de agosto de 1961, não respeitou casas, prédios ou ruas. Policiais e soldados da Alemanha Oriental impediam e até mesmo matavam quem tentasse ultrapassar o muro. Muitas famílias foram separadas e perderam o contato. O muro chegou a ser reforçado por quatro vezes. Possuía cercas elétricas e valas para dificultar a passagem. Havia cerca de 300 torres de vigilância com soldados preparados para atirar. As formas que a galera encontrava pra pular o muro, eram as mais diversas! Desde saltar das janelas de edificios que ficavam na margem, até se esconder em porta-malas, etc...


Ainda restam pelas ruas muitas placas como esta que indicam que ali existia o muro.



A queda do muro não dependeu de nenhuma ordem oficial, apenas o desejo latente e cada vez maior de liberdade, união e reencontro, além do enfraquecimento dos regimes socialistas. Um mal-entendido em relação a um comunicado oficial do governo da Alemanha Oriental, somado às pressões políticas e sociais externas e internas, provocou a derrubada do Muro de Berlim. Na verdade Günter Schabowski, porta-voz do Politburo da Alemanha Oriental, recebeu do chefe do Partido Comunista o anúncio de que, no dia seguinte, iriam fornecer passaportes aos alemães para saírem. Mas, confuso, divulgou a notícia como se a concessão de passaportes – e a possibilidade de sair – fosse imediata. Isso provocou a multidão que foi as ruas e começou a pressionar. Os guardas sem saber o que fazer e sem orientação acabaram abrindo “as portas” do muro! E “vive la liberté”! Nos postais com fotos do momento da queda da pra se ver a alegria estampada nos rostos dos alemães!

Reunificada oficialmente em outubro de 90, a Alemanha rica e próspera luta ainda hoje para superar a desigualdade existente entre ossies (orientais) e wessies (ocidentais). Esses dias mesmo eu vi na TV que 3 em cada 5 alemães orientais nunca foram para o lado ocidental.

Eu também fiz um city tour de bike muito legal, durou 5 horas com direito a parada para o almoço num Biergarten! 

                                            

Nada mais a dizer senão que Berlim é sem dúvidas a cidade mais show da Europa!